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CRIANÇAS AUTISTAS: desafios do tratamento odontológico e hábitos de higienização.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de saúde caracterizada por déficit na comunicação e interação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamento (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos). Não há só um, mas muitos subtipos do transtorno. 


Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de suporte que necessitam — há crianças com outras doenças e condições associadas (coocorrências), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.


A maioria das crianças com TEA possuem dificuldade no processamento sensorial e comportamento repetitivo. São hipersensíveis, determinados sons podem se tornar uma tortura, cheiros e figuras podem incomodar a criança com mais facilidade. Elas também tem maior tendência de recusa em responder a alguns comandos, criando um ambiente de maior dificuldade de cooperação da criança durante o tratamento odontológico, que pode considerar invasivas as ações do especialista odontopediatra.


A primeira experiência odontológica de uma criança normalmente ocorre pelos cuidados de um(a) odontopediatra. O tratamento odontológico de pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) possui desafios especiais que devem ser incorporados ao condicionamento e adaptação da criança ao tratamento. É de grande valor para criança autista ser atendida sempre pelo mesmo profissional e no mesmo consultório, facilitando sua adaptabilidade e identificação com a clínica.


As crianças com autismo tendem a apresentar maior incidência de cáries e doença periodontal. A formação de hábitos de higienização bucal é um desafio, envolvendo o controle do comportamento da criança e a capacitação dos cuidadores, capaz de tornar a higienização rotineira e divertida. Uma questão importante é a dificuldade de expressarem o que sentem, logo relatarem os sintomas. Muitas crianças tratadas em situação de urgência, manifestaram primeiro uma piora comportamental, até então não identificada com a questão dentária. 


Por isso é muito importante integrar a criança ao ambiente do consultório odontológico desde bebê (independente se ela já tem ou não um diagnóstico de TEA), acompanhando o nascimento dos primeiros dentes, estimulando a prevenção e o cuidado profilático precocemente. Um ponto decisivo é evitar que o primeiro contato da criança com o dentista seja em uma circunstância de dor ou algum problema mais grave já instalado, exigindo tratamentos mais intensos e invasivos para criança.


Os protocolos preventivos são fundamentais para saúde bucal da criança autista. Quanto mais cedo a criança conviver com sua odontopediatra de confiança, maiores os ganhos de prevenção e condicionamento, minimizando medos, ampliando entendimentos, logo tornando os tratamentos mais simples e diminuindo a necessidade de recorrer a anestesia geral em tratamentos mais complexos. É importante também um acompanhamento e abordagem multidisciplinar. 


O profissional precisará utilizar técnicas de manejo comportamental, possuindo um histórico social prévia a consulta, para preparar e adaptar de forma adequada o ambiente sensorial capaz de acalmar a criança, assim como, integrar técnicas de utilização de imagens e objetos que podem auxiliar no atendimento, aumentando as chances da criança realizar o atendimento naturalmente no ambiente clínico do consultório odontológico. É necessário levar em consideração aspectos como idade, grau de severidade da síndrome e as características de cada criança. Em casos de maior dificuldade, o tratamento poderá ser realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia geral.



Dicas de escovação


1

A escova certa!
Escolha uma escova de cabeça pequena e cabo longo. A mão próxima ao rosto pode causar desconforto.


2

Brincando de boca aberta, boca fechada!

Para que a criança entenda o pedido de abrir a boca, use fantoches ou brinquedos para ilustra a hora de ¨abrir o bocão¨


3

Use figuras ilustrativas do processo!

Cole perto da pia, ilustrações de cada etapa da escovação. Saber exatamente como começa e termina tranquilizará a criança com autismo.


4

Creme dental sem sabor

Evite cremes dentais com sabores atrativos que podem favorecer a inadequada ingestão. 


5

Higienizar, brincar e contar junto!

Hora de contar, de um a dez (quantidade de dentes de leite de cada arcada). Inicie escovando os dentes de cima e vá da esquerda para a direita, fazendo círculos e contando até dez. Dê uma pausa e faça o mesmo nos dentes de baixo. 


6

Seja um exemplo.

Mostre que você também cuida da sua saúde bucal e faça da escovação um momento divertido de cumplicidade. 


Os pais devem valorizar o acompanhamento odontológico das crianças portadoras de autismo, pois uma saúde bucal comprometida poderá comprometer o resultado de outros tratamentos.


A Dra Beatriz Gerenutti é especialista em odontopediatria em Guarulhos.



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Por Onda TKM 12 de abril de 2022
CRIANÇAS AUTISTAS: desafios do tratamento odontológico e hábitos de higienização.
Por Onda TKM 2 de fevereiro de 2022
O "Agosto Dourado" é um mês dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Vamos valorizar sua importância para saúde do bebê e sua influencia sistêmica para saúde mais plena do bebê. O leite materno é um alimento com diversos benefícios. Mais do que saciar a fome, ele é fonte plena de saúde. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. A recomendação mundial é que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses e complementada até pelo menos 2 anos. O Pré-Natal Odontológico é fundamental para adequada preparação da mãe neste processo, assim como, sua influência para saúde bucal e sistêmica da mãe e do bebê. Confira 7 verdades plenas de saúde: 1 O LEITE MATERNO É UMA “VACINA” NATURAL PARA O BEBÊ. Estudos tem demonstrado que leite materno atua como uma “vacina” natural, sendo a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida. Durante a amamentação ocorre a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas. Isso promove uma imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo. De acordo com o estado imunológico materno, e nutrientes encontrados no leite materno, respostas imunes regulatórias podem ser induzidas a longo prazo nos bebês amamentados. 2 O LEITE MATERNO PODE TER EFEITO PROTETOR CONTRA OBESIDADE INFANTIL O aumento da obesidade infantil é uma grande preocupação em saúde pública. Muitos estudos têm demostrado que o aleitamento materno tem um efeito protetor significativo contra obesidade em crianças. 3 O LEITE MATERNO TEM POTENCIAL DE PREVENIR DOENÇAS ALÉRGICAS Eczemas, alergias alimentares e asma são as doenças alérgicas crônicas mais comuns na infância em muitos países. Existem evidências que eventos ocorridos no início da vida, tais como variações nos padrões de amamentação, dieta materna, exposição ao ambiente e micro-organismos podem ser importantes na sua evolução. O leite humano tem imenso potencial na prevenção de grande parte das doenças alérgicas. 4 O LEITE MATERNO PODE DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFÂNCIA A amamentação é uma medida de saúde pública altamente acessível e de baixo custo. Estudos indicam que a promoção do aleitamento materno por 6 meses ou mais pode ajudar a diminuir a incidência de leucemia na infância, além de outros benefícios para a saúde de crianças e mães. 5 O LEITE MATERNO É FATOR DE PROTEÇÃO CONTRA OTITE A otite média é a principal causa da prescrição de antibióticos em crianças. Dois terços de todas as crianças pelo menos já experimentam um episódio de otite média antes dos 7 anos de idade. Estudos indicam que o Aleitamento materno é um fator de proteção contra a otite média na infância. 6 CRIANÇAS AMAMENTADAS TEM 35% MENOS CHANCES DE TER DIABETES TIPO 2 Estudos de alta qualidade indicam que a amamentação diminuiu as chances de diabetes tipo 2. Indivíduos amamentados também foram menos propensos a serem obesos e apresentaram pressão arterial sistólica menor. 7 O LEITE MATERNO PROTEGE CONTRA INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO O aleitamento materno protege a criança contra infeções do trato respiratório superior e inferior. A duração da amamentação por 6 meses ou mais está associada a um risco reduzido de infecções do trato respiratório em crianças pré-escolares. Esses achados são compatíveis com a hipótese de que o efeito protetor da amamentação para infecções do trato respiratório persiste após a infância, portanto sustentando a recomendação atual para amamentação por pelo menos 6 meses. FONTE: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria
Por Onda TKM 2 de fevereiro de 2022
A odontopediatria na vida do seu filho!
Por Onda TKM 2 de fevereiro de 2022
Açúcar - 7 motivos pro seu filho diminuir o consumo
Por Onda TKM 26 de maio de 2021
Normalmente, quando pensamos em bactérias, construímos uma imagem negativa, associada a doenças e problemas. Esse é um viés de julgamento errado, sustentado por meias verdades. Por isso, como tudo na vida, precisamos ir mais a fundo para chegarmos aos fatos da mais consistente realidade. Fatos essenciais - entendendo a Microbiota Bucal A cavidade bucal - um ambiente predominantemente quente, fonte de nutrientes e água - é um ambiente ideal para a colonização destes micro-organismos, com diversas estruturas que podem ser morada de bactérias, como os nossos dentes, a língua e a gengiva. Logo, temos em nossa boca uma rica diversidade de micro-organismos: arqueas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. As bactérias são os micro-organismos mais predominantes e formam um ecossistema de aproximadamente 700 espécies. Quando essa diversidade entra em desequilíbrio surgem os problemas bucais! O desequilíbrio entre as bactérias boas e ruins O ponto mais relevante desta lógica é entender que a nossa microbiota bucal é composta por micro-organismos “bons”e “ruins”, que devem coexistir de maneira harmônica e equilibrada, entre si e com o hospedeiro. Os lactobacilos são importantes para a digestão dos alimentos e a proteção da cavidade oral contra patógenos. Existem também os famosos Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis, que podem ser prejudiciais, quando presentes em grande número. Em crianças, jovens e adultos com boa higiene bucal, as bactérias "boas" e "ruins" coexistem de forma equilibrada. Mas se por algum motivo nossa microbiota é modificada, podemos ter nesse desequilíbrio a origem de diversos problemas bucais. Disbiose e as doenças bucais Quando as bactérias ruins dominam a cavidade bucal, criam o ambiente ideal para o surgimento de uma série de doenças bucais. Placa bacteriana e Tártaro Estimuladas pela má higienização, as bactérias do “mal”, começam a proliferar. Esse aglomerado excessivo de bactérias “ruins” adere na superfície dos dentes, formando um Biofilme sobre ele: a famosa placa bacteriana. Quando o biofilme endurece forma o tártaro. A cárie A placa bacteriana e consequentemente, o tártaro serão só uma das consequências da disbiose bucal. O aumento das bactérias “ruins” começará a promover uma série de doenças bucais, como a cárie, gengivite, periodontite, entre outras. O desequilíbrio da microbiota promove o aumento do número de Streptoccus mutans, consequentemente, uma maior produção de ácidos que atacam o esmalte e a dentina dentária, estimulando o risco de desenvolvimento de cáries. Gengivite É nesse mesmo ambiente hostil que ganham terreno microorganismos como o P.gingivalis, capazes de induzir reações inflamatórias na junção gengival-dentária, e originar a gengivite e consequentemente, a periodontite. A gengivite é a forma mais comum e leve da doença periodontal. Ela provoca irritação, vermelhidão e inflamação na gengiva que circunda a base dos dentes. Quando não é tratada pode evoluir para uma doença gengival mais severa: a periodontite. A periodontite é a inflamação crônica das gengivas e toda estrutura de suporte dos dentes (osso e ligamento periodontal). Seus sintomas são sangramento das gengivas, mau hálito, mudanças no posicionamento dos dentes, recessão gengival (alongamento dos dentes), perda óssea e dor. Como prevenir a Disbiose Bucal Bom, não restam dúvidas de que a higienização é parte essencial de prevenção e manutenção de uma microbiota bucal equilibrada. Isso envolve escovar os dentes por dois minutos pelo menos três vezes por dia, sem esquecer de higienizar a língua. E fazer uso do fio dental pelo menos uma vez por dia. Mas podemos e devemos aprofundar prevenção, integrando nutrientes ao nosso organismo, que fortaleçam tanto nossa saúde sistêmica como a bucal. Logo, os cuidados com a alimentação da criança devem ser diários e serão decisivos para um ambiente bucal mais saudável. Dietas pobres, baseadas em industrializados, ricas em açúcares serão sempre prejudiciais para o equilíbrio da microbiota bucal da criança. O uso de probióticos na saúde bucal Os probióticos já ganham reconhecimento, normalmente focados na área gastrointestinal. Novos estudos têm associado o consumo de cepas probióticas – que contém microrganismos vivos – para auxiliar na prevenção e tratamento da saúde bucal, como reforço ao combate da disbiose oral, com diferentes cepas probióticas indicadas para cada caso, que atuam como escudos de proteção contra disbiose, ajudando a promover a harmonia da microbiota oral. Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus pentosus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus são exemplos de cepas probióticas que ajudam a manter uma microbiota bucal mais saudável. CONSULTE SUA ODONTOPEDIATRA REGULARMENTE Crianças precisam visitar seu dentista a cada 3 a 6 meses. Acompanhar não somente possíveis doenças, mas prevenir um ambiente fértil e equilibrado, logo saudável para boca. Isso é saúde bucal!
Por Onda TKM 5 de maio de 2021
Seu filho sempre gostou de andar de bicicleta, mas tem deixado ela largada? Anda irritado, apático e tudo parece incomodar? Isso pode ser um sinal de depressão e ela atinge cada vez mais crianças e adolescentes. Bem-vindo ao Maio Amarelo, uma campanha da SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo) para conscientizar pais e famílias sobre o aumento de casos de depressão entre crianças e adolescentes, pois crescem os fatores de risco que podem desencadear problemas de saúde mental. A campanha também conscientiza sobre os riscos físicos e psicológicos envolvidos. O diagnóstico precoce é fundamental, por isso os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos, reconhecer sinais que ajudem a identificar mudanças que possam ser consideradas preocupantes, mesmo que sejam sutis, de quadros depressivos ou ansiedade. Quanto antes forem percebidos os sintomas, menores os danos e as chances de expor a criança a uma situação de risco. Uma Pesquisa do Instituto de Psiquiatria da USP identificou sintomas de ansiedade ou depressão em 27% das 7 mil crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos. Para o coordenador do estudo, o professor da USP Guilherme Polanczyk, isso "não significa que estão com depressão, mas têm sintomas sugestivos e merecem avaliação". O dado acende um sinal de alerta para pais e especialistas. Muitos pais são céticos em acreditar e resistem em avaliar essa possibilidade, creditando a uma fase ou simples birra da criança. O diagnóstico, então, fica ainda mais complexo, pois os pequenos nem sempre conseguem manifestar o que sentem. A pandemia e o isolamento social criaram um cenário favorável ao crescimento dos casos de depressão e ansiedade, expondo as crianças a mais conflitos familiares, à percepção da morte mais explícita (e até mesmo a vivência do luto familiar), tudo isso integrado à perda de interações sociais, o excessivo uso de eletrônicos e uma rotina mais restrita de espaço e opções, fatores de risco que ajudam a desencadear os problemas da saúde mental. A Psicóloga Clinica Ivana Castillo enfatiza uma atenção especial com nossos adolescentes “A adolescência é uma fase propícia para o aumento da ansiedade, pois é uma fase de busca e construção de identidade que os move para grupos em comum e estabelece vínculos sociais importantes para este processo. O fato de estarem mais isolados e restritos aos contatos com esses grupos, sentem-se sozinhos e o descontentamento frequente pode dar margem a um processo bioquímico, transtorno depressivo, por pouca recompensa e prazer quando não há satisfações na vida social.” Sintomas Diferente do adulto, que tem na tristeza uma evidência clara de um possível quadro depressivo, na criança essa característica nem sempre é tão evidente. Na verdade, elas tendem a se tornar mais irritadiças. Um único sintoma, porém, não será suficiente para que os especialistas suspeitem de algum transtorno; ele deve estar associado a uma somatória de sintomas e sinais. Um deles é a criança deixar de realizar e sentir prazer em momentos que antes eram prazerosos para ela, ligados a uma brincadeira, uma atividade social ou de lazer. Os pais também devem estar atentos ao sono da criança e do adolescente, se está tendo dificuldades para dormir, avaliar alguma mudança no apetite e no seu desempenho escolar. Como não sabem verbalizar e expor o que sentem, as crianças e adolescentes podem manifestar suas dores emocionais em sintomas físicos, como dor de cabeça ou de barriga. Em casos mais graves, podem chegar a falar em morte ou desejo de morrer. Neste caso, um tratamento com acompanhamento especializado é fundamental, pois se o quadro não for tratado, pode levar ao suicídio - evento raro em crianças com menos de 12 anos. Cenário de atenção e acolhimento A depressão infantil não possui causas definidas, mas há consenso que a genética ou fatores externos, como perda de parente, divórcio dos pais ou o atual cenário de pandemia, podem ser gatilhos para seu início. As crianças perderam contato com a escola, os amigos, parentes. Vivenciam o medo e o estresse familiar, fruto das diversas mudanças que as famílias tiveram que experimentar: uma mudança física, de cidade ou casa, a perda de emprego dos pais, a readequação orçamentária ou simplesmente a ansiedade dos adultos diante das incertezas. Enquanto isso, nos consultórios de psiquiatras, psicólogos e pediatras, não param de chegar crianças com sintomas de depressão e ansiedade. O desafio é avaliar e realizar um preciso diagnóstico sobre cada caso, se de fato pode ser uma depressão ou somente um transtorno transitório do atual momento. E acima de tudo, estimular sempre um ambiente positivo! “É de suma importância neste processo que pais e responsáveis identifiquem o isolamento dentro de casa, eliminando a condição dele estar só. O diálogo em família continua sendo um instrumento de inclusão e acolhimento. Trazer o adolescente para dentro do clã também é uma boa estratégia, lembrando que os membros da família podem aderir às tarefas que ele tem como preferência.” reforça a psicóloga Ivana Castillo. A pandemia não pode ser uma justificativa para a paralisia e a aceitação da adversidade. Os adultos devem influenciar um ambiente de segurança, criar perspectivas positivas na rotina de interações, seja a simples hora do lanche, o passeio na praça, o sol da janela, o filme, seja um jogo em família, estimulando a experiência do lúdico pela leitura ou música, ou seja, espantando as incertezas e os medos ao construírem um ambiente de proteção, atenção e acolhimento. FONTE: Sociedade de Pediatria de SP - SPSP / Agência ESTADO
Por Onda TKM 9 de março de 2021
A cárie é uma doença que afeta a vida de muitas crianças, a inimiga número 1 da saúde bucal do seu filho. Por isso, mesmo na fase dos dentes de leite, a saúde bucal demanda cuidados diários e atenção para prevenir seu surgimento. A cárie é uma doença multifatorial, resultado de um desequilíbrio na microbiota oral. Essa disbiose bucal (desiquilíbrio entre bactérias) é altamente influenciado pela presença do açúcar (sacarose). Um estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que a cárie dental é a segunda doença mais comum em todo o mundo, perdendo apenas para o resfriado. Entre 60 e 90% das crianças em idade escolar tem cárie dental. Os fatores de risco para cárie A dieta pouco saudável e a inadequada higienização oral formam uma dupla de alto risco para o desenvolvimento da cárie, doença causada pela bactéria Streptococcus mutans. 

Na boca de toda criança, após comer, ocorre um natural acúmulo de restos de alimentos. Ao se descuidar da higiene, a bactéria adere aos dentes e cresce nas partículas da última refeição. São essas bactérias que produzem ácidos capazes de desgastar o esmalte dos dentes e penetrar em suas camadas mais profundas, causando a cárie. 
 Alimentando o inimigo Sem dúvida alguma o grande aliado da cárie infantil é o açúcar. Ao comer um pedaço de chocolate, seguido de um longo período sem escovar os dentes, a bactéria cariogênica ganha terreno fértil para crescer. O alto consumo de carboidratos na dieta, principalmente a sacarose, é a principal responsável pelas lesões. A sacarose é uma substância com enorme presença na alimentação das crianças e de suas famílias. Logo, a conscientização sobre a dieta alimentar é fundamental; é preciso controlar e educar os hábitos da criança, inibindo seus desejos por doces e processados, que têm contribuído para o sobrepeso, hiperglicemia e cáries recorrentes. As bactérias instaladas na superfície do dente produzem ácidos orgânicos e diminuem o pH da saliva. Ao ficar sem escovar os dentes por mais de 30 minutos, o pH se torna mais ácido e promove a desmineralização do esmalte dental. O resultado é a cárie. 
O risco da cárie não está somente na quantidade de açúcar dos alimentos, mas na frequência do seu consumo, que, acompanhado da má higienização bucal, cria este cenário comum na vida de tantas crianças. Sintomas da cárie Por um período, a cárie pode não manifestar sintomas, crescendo silenciosa. Nessa fase inicial, ela pode ser somente uma mancha branca, sinalizando o início da desmineralização do esmalte. Com a evolução da mancha, surgem os primeiros sintomas, como dor ao comer doces, alimentos gelados e ao mastigar. Quando a cárie não é tratada, pode gerar sintomas mais graves e evoluir até a perda dental. Tratamento da cárie O tratamento deve ser conduzido pela especialista na saúde bucal de crianças e adolescentes: a odontopediatra. Ele irá fazer uma avaliação clínica para identificar o impacto da cárie sobre a estrutura dentária, o quanto ela foi perdida e pode ser restaurada. O tratamento consiste essencialmente na remoção do tecido cariado e na restauração do dente em sua forma e função. A melhor prevenção integra hábitos nutricionais mais saudáveis, com baixa quantidade de açúcar na rotina da criança e a higienização adequada. A criança deve escovar os dentes após cada refeição e usar o fio dental diariamente. As visitas à odontopediatra devem ser regulares, a cada 6 meses. Assim, é possível identificar no início qualquer desenvolvimento anormal da saúde bucal da criança Prevenção é sempre a melhor solução. Higienização + nutrição saudável! A melhor solução é investir desde a gestação e o nascimento do bebê em um conjunto de protocolos de prevenção para fortalecer a saúde bucal e o combate à cárie. A adequada nutrição da mãe na gestação influencia a formação dentária do bebê, ajudando a prevenir futuras cáries na criança. Mas principalmente desde o nascimento do primeiro dente do bebê, é preciso promover uma alimentação equilibrada, com baixa ingestão de açúcares, ou seja, controle de doces. A alimentação deve, ainda, ser rica em vegetais verdes escuros e fibrosos e em frutas, como a maçã, que auxilia na limpeza dos dentes, tudo isso acompanhado de uma rotina de higiene bucal disciplinada e feita de maneira adequada. O combate a essa doença tão comum, capaz de provocar muito aborrecimento e incômodo, muitas vezes demanda uma atuação integrada da família com profissionais da saúde. Consulte sua odontopediatra de confiança e caso a alimentação em casa seja um desafio, vale a pena integrar a ajuda de uma nutricionista.
Por Onda TKM 9 de março de 2021
A nova rotina vivenciada por inúmeras famílias, após concluirmos um ano de pandemia, trouxe uma série de desafios. Pais mais presentes, mas em uma nova ordem de trabalho e dinâmicas sociais, não foi necessariamente sinal de melhores cuidados e atenção. 

 A criança não tem conhecimento, tampouco autonomia para tomar as melhores decisões, acalmar suas frustrações, reconhecer o que de fato é o mais apropriado para sua saúde. Diante do stress, da desorganização ou da sua ansiedade, ela sempre irá fazer escolhas instintivas, baseadas na sua satisfação mais imediata. Ou seja, vai escolher “beliscar” o que tem na geladeira ou deixar de escovar os dentes após uma refeição açucarada. Os consultórios odontológicos estão evidenciando os efeitos das mudanças comportamentais e nutricionais, consequentemente, o crescimento dos problemas na saúde bucal das crianças, como cáries e bruxismo. Crianças estressadas e o bruxismo É consenso que a saúde mental foi altamente impactada, influenciando sentimentos e comportamentos relacionados a ansiedade, irritabilidade, apego, tédio, mudanças de humor e até mesmo a solidão do distanciamento da escola e amigos. E o que precisa ficar claro: não cabe as crianças liderarem essa nova ordem, enquanto adultos parecem perdidos e assustados nessa confusão de sentimentos. 

Um dos problemas mais comuns, e que só tem aumentado nos consultórios é o Bruxismo, caracterizado pelo ranger ou apertamento exagerado dos dentes durante o dia ou à noite. 

 Segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta cerca de 84 milhões de brasileiros, equivalente a 40% da população. Ele é multifatorial, mas sabe-se que a associação entre arcadas dentárias desalinhadas e fatores emocionais como ansiedade, raiva, tensão, stress e depressão, tem contribuído para seu agravamento nas crianças. A odontologia miofuncional - tratamentos que atuam na reeducação da musculatura facial e mastigatória, corrigindo maus hábitos miofuncionais como respiração bucal, deglutição atípica e posicionamento incorreto da língua – contribui para o alinhamento dos dentes, desenvolvimento dos ossos e musculatura da face, respiração nasal e melhora sistêmica, corrigindo os problemas que causam o bruxismo. 
Pais e cuidadores precisam ajudar a criança a sair do “comer automático”, acalmar suas ansiedades e influenciar seus hábitos de higiene. Uma perigosa rotina açucarada. 
Evite o conforto dos ultraprocessados. 
É sempre assim, no meio da confusão, o mundo ágil, fácil e prático dos alimentos disponíveis são a salvação, o conforto e a melhor companhia. E nesse ambiente os ultraprocessados ganham ainda mais espaço, por seu alto apelo sensorial, praticidade, disponibilidade, durabilidade e alto teor energético. Crianças tem saciado sua fome e sentimentos com bolachas, salgadinhos, sucos prontos, doces, chocolate, congelados, macarrão instantâneo, pipoca de micro-ondas, bolos prontos e guloseimas em geral. Alimentos de baixa demanda mastigatória, embalagens práticas e sedutoras, prontos para consumo a qualquer hora e local. A saúde bucal e sistêmica da criança está sendo atacada.

É inegável, as crianças adoram. É mais fácil para os pais, entre demandas de trabalho, filhos e vida corrida. Temos assim a combinação perfeita para o consumo exagerado dos ultraprocessados, e com eles o organismo de crianças sendo alimentados por altos teores de gordura, açúcar e sal. E esse combo tem sido acompanhado de uma maior displicência com a higiene bucal. 

Uma alimentação rica em açucares e gordura predispõe crianças a um risco maior para excesso de peso, desenvolvimento da cárie dentária e erosão dental. Estimular modelos alimentares saudáveis e 
rotinas definidas, integrando a higienização bucal. 
Para promover uma realidade a favor da saúde dos seus filhos, os adultos precisam assumir as rédeas da casa. É essencial que a família estabeleça uma rotina para as crianças, incluindo horários regulares de alimentação, sono, estudo, higiene pessoal e atividade física. Uma atitude simples faz toda diferença, como deixar fácil acesso à criança a uma fruta cortada, picada ou descascada. Os pais precisam estimular e facilitar, na rotina da casa, o consumo de alimentos saudáveis, acompanhados da correta higienização bucal pós refeição. A criança precisa seguir modelos alimentares, ou seja, os pais precisam liderar essa mudança, entender a vital necessidade de transformarem a própria alimentação. A nutrição não é somente uma aliada da saúde bucal, mas de toda saúde. Por mais óbvio que isso seja, muitos pais têm ignorado essa verdade consensual: a nutrição contribui decisivamente para imunidade de pais e filhos, logo uma indispensável aliada quando estamos diante de uma pandemia. É imprescindível valorizar os momentos da refeição, criar hábitos compartilhados, como sentar juntos à mesa com acolhimento, formar um ambiente de prazer e bem estar, saudável, desde a escolha de alimentos realmente nutritivos, uma boa apresentação dos pratos, estimular o apreço pela degustação, dando tempo para uma mastigação adequada, tudo isso integrado a conversas leves, sem cobranças e de forma alguma, com a presença de TV e celulares.

 As famílias vivem um tempo oportuno para aprendizados diários. Sabemos que mudar nunca é fácil, exige uma rotineira dedicação, cuidado e afeto, capazes de construir novos hábitos alimentares e com eles, a adequada manutenção dos hábitos de higiene oral. Não hesite em buscar suporte na sua odontopediatra de confiança e a ajuda especializada de uma nutricionista. Esse é um esforço integrado que vale a pena, pela saúde: precisamos fortalecer crianças e famílias, mentalmente e em sua imunidade, para vencerem os desafios da mais plena saúde. Fonte: Sociedade de pediatria de SP / UOL – viva bem

Por Onda TKM 8 de fevereiro de 2021
O atendimento odontológico durante a gestação deve ser valorizado. As gestantes precisam ampliar sua consciência sobre a importância do pré-natal odontológico e reconhecer a essencial a atuação da odontopediatra para prevenir e tratar enfermidades bucais e sistêmicas que poderão influenciar a saúde e a qualidade de vida gestacional da mãe e da criança. Esse atendimento especializado influencia desde a formação dentária do bebê, que ocorre durante a gestação, até os riscos de parto prematuro e de baixo peso de recém-nascido, além da chance de incidência das doenças bucais na mãe. As Gestantes são mais sensíveis às doenças bucais. A gestação é um período de grandes alterações fisiológicas. As gestantes podem ser consideradas pacientes especiais temporários, por serem um grupo de risco para doenças bucais e ao mesmo tempo apresentarem alterações físicas, biológicas, nutricionais e hormonais que podem criar condições adversas para saúde bucal e sistêmica da mãe e do bebê. As principais alterações bucais atribuídas à gravidez incluem: aumento da salivação, náuseas e alterações periodontais. Essas alterações associadas a modificações dos hábitos de vida podem levar ao aparecimento ou agravamento de doenças da cavidade oral, como cárie e gengivite, dentre outras. 

As principais doenças bucais são: erosão do esmalte dentário, gengivite gravídica, periodontite gravídica, granuloma gravídico e malformação dental. Exames clínicos e tratamentos odontológicos prévios são importantes para prevenir que doenças bucais tão agressivas prejudiquem o percurso saudável da formação do feto. 
 Os perigos da doença periodontal na gestação. O impacto inflamatório sistêmico da doença periodontal, muito comum na gestante, promove a liberação de bactérias periodontais e citocinas que podem contribuir para promover diversos distúrbios maternos durante a gravidez. Dentro deste contexto, o pré-natal odontológico se torna essencial, pois a união de alterações hormonais, nutricionais e bucais, associadas a doenças bucais e maus hábitos de higiene, pode causar desde o parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer, dano placentário e até o aborto espontâneo. Influencie a melhor formação dentária para o seu bebê. 
Um ponto central que deve ser acompanhado na gestação é a formação dentária. O desenvolvimento dos dentes do bebê tem início desde a 7° semana intrauterina. Logo, os protocolos do pré-natal odontológico também devem começar no início da gestação, tendo a odontopediatra um destacado e essencial papel durante este período. Se é embrionária a formação do dente, embrionária também deve ser o diagnóstico para o adequado tratamento e prevenção. São diversos os estudos que demonstram o papel decisivo do período embrionário na formação do dente, reforçando com clareza a necessidade de acompanhar a mãe gestante nessa fase, assim como, influenciar os mais adequados elementos nutritivos para saúde bucal do bebê. A Vitamina D e uma avaliação multidisciplinar. Novos estudos apresentaram uma relação entre a carência da vitamina D, a consequente falta de cálcio na corrente sanguínea e a má formação do esmalte dentário, logo a maior facilidade de uma criança desenvolver cárie dentária precocemente na infância. Por tudo isso, não podemos negligenciar uma avaliação sistêmica e nutricional da gestante junto a uma equipe multidisciplinar. As alterações sistêmicas envolvidas na fisiologia da formação dentária demandam essa visão integrada de profissionais, como odontopediatras, obstetras e nutricionistas, para um adequado diagnóstico, prevenção e tratamentos.
Por Onda TKM 22 de janeiro de 2021
É hora de valorizar uma das mais importantes profissionais da saúde infantil: a odontopediatra! Após concluir intensos 4 anos de estudo em sua graduação na faculdade de odontologia, ela precisou dedicar pelo menos mais 2 anos na especialização de odontopediatria. Tudo isso para ser uma especialista que terá como objetivo central o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal de bebês, crianças e adolescentes. As odontopediatras tem um papel fundamental na educação sobre a saúde bucal e sua integração com os demais profissionais da área da saúde. As consultas com a odontopediatra devem continuar dos seis meses até a adolescência, pelo menos uma vez ano. Isso é essencial porque ela também é responsável por educar pacientes e responsáveis com informações indispensáveis para a manutenção da saúde bucal, como higienização, alimentação e malefícios do uso inadequado de chupetas e mamadeiras, que podem levar a alterações na musculatura da face. Além disso, a odontopediatra previne os problemas típicos da infância e da adolescência, como as cáries e a inflamação da gengiva, por meio, nesse caso, da remoção da placa bacteriana. A especialidade oferece, ainda, os tratamentos adequados, quando necessários, em caso de traumas, aftas e os bem conhecidos “sapinhos”, às vezes muito dolorosos, entre muitas outras condições. Assim, são garantidos a estrutura da boca e o adequado posicionamento dos dentes de leite, fundamentais para o desenvolvimento dos ossos da face e da fala, além de para a correta mastigação, entre outras funções essenciais para a saúde no geral. As áreas de atuação do especialista em Odontopediatria incluem: · Educar bebês, crianças, adolescentes, seus respectivos responsáveis e a comunidade para adquirirem comportamentos indispensáveis à manutenção do estado de saúde das estruturas bucais; · Prevenção em todos os níveis de atenção, sobre os problemas relativos à cárie dentária, ao traumatismo, à erosão, à doença periodontal, às mal-oclusões, às malformações congênitas e às outras doenças de tecidos moles e duros; · Diagnosticar as alterações que afetam o sistema estomatognático e identificar fatores de risco em nível individual para os principais problemas da cavidade bucal; · Tratamento das lesões dos tecidos moles, dos dentes, dos arcos dentários e das estruturas ósseas adjacentes, decorrentes de cárie, traumatismos, erosão, doença periodontal, alterações na odontogênese, mal-oclusões e malformações congênitas utilizando preferencialmente técnicas de mínima intervenção baseadas em evidência; · Condução psicológica dos bebês, crianças, adolescentes, e seus respectivos responsáveis para atenção odontológica. Ou seja, a importância da odontopediatria não se restringe à saúde física; ela engloba o aspecto psicológico. Nesse contexto, a odontopediatra está habilitada para colocar em prática uma série de métodos chamados de condicionamento, os quais proporcionam conforto emocional até nos pacientes menos colaborativos, como as crianças especiais, que podem continuar a ir à odontopediatra mesmo na vida adulta. Decoração infantil, reforço positivo e controle de voz são algumas dessas técnicas que fazem toda a diferença para um atendimento tranquilo, impactando positivamente o paciente por toda a sua vida. Gestantes devem ir a uma odontopediatra? Sim, ela é a profissional indicada para orientar a futura mamãe sobre os cuidados com a amamentação e a saúde bucal do recém-nascido durante o pré-natal odontológico, no qual a mãe também é cuidada para evitar infecções e outros problemas que podem até provocar um parto prematuro. Por último, mas não menos importante, frequentar regularmente o consultório da odontopediatra também é uma questão de autoestima. Afinal, um sorriso bonito traz conforto e confiança às crianças e aos adolescentes. Esse é o principal diferencial do especialista em odontopediatria em relação a um dentista generalista: a capacidade de introduzir, do ambiente até o comportamento com a criança, práticas que tornem a experiência do atendimento odontopediátrico tranquila e positiva. FONTE: crosp
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